À medida que os esforços diplomáticos para acabar com o conflito Rússia-Ucrânia reiniciam cautelosamente, o Kremlin anunciou na segunda-feira que espera que uma nova data para as negociações de paz seja confirmada até ao final desta semana. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, falando com repórteres em Moscovo, disse que, embora o cronograma da terceira ronda de conversações continue incerto, alguma clareza deverá emergir antes do início de julho, conforme relatado pela Anadolu Agency.
“Esperamos que algumas estimativas sejam feitas esta semana para a terceira ronda,” notou Peskov, admitindo que ainda é “difícil adivinhar” a data exata. No entanto, a declaração sinaliza que o Kremlin está ativamente a preparar outra tentativa de diálogo.
Istambul Acolheu os Primeiros Passos
As duas primeiras rondas de conversações de paz revividas realizaram-se em Istambul, Turquia, nos dias 16 de maio e 2 de junho. Facilitadas por diplomatas turcos, as discussões foram vistas como tentativas, mas construtivas pelos analistas, dado o pano de fundo complexo e muitas vezes volátil da guerra em curso.
De acordo com fontes russas citadas pela Anadolu, ambas as delegações trocaram rascunhos de memorandos sobre um possível quadro para a paz. Notavelmente, as partes também chegaram a um acordo humanitário para trocar prisioneiros de guerra gravemente feridos e repatriar os restos mortais de soldados caídos. A Rússia afirmou desde então ter devolvido cerca de 6.000 corpos de militares ucranianos.
Putin Sugere um Cronograma Após 22 de Junho
O presidente russo Vladimir Putin declarou anteriormente que uma decisão sobre a terceira ronda de negociações provavelmente virá após 22 de junho, reforçando a ideia de que o meio a final do verão poderia trazer um novo impulso diplomático. Embora ainda não tenha sido anunciado um cronograma firme, seus comentários sugerem um certo grau de preparação por parte de Moscovo para continuar a explorar uma resolução política.
Apesar de manter os seus objetivos militares, a participação do Kremlin nas conversações de paz sublinha uma estratégia dupla, pressão militar no terreno acompanhada de esforços de negociação na frente diplomática.
Hostilidades em Curso Lançam Sombra sobre o Diálogo
Os combates continuam em toda a Ucrânia oriental e meridional, e nenhum dos lados parece próximo de interromper as operações militares. No entanto, o retorno à mesa de negociações, mesmo em meio ao combate, sugere um reconhecimento relutante de que os resultados no campo de batalha sozinhos podem não resolver o conflito.
Peskov enfatizou que o caminho à frente permanece incerto e depende da resposta de Kyiv. “A negociação sempre esteve em cima da mesa,” reiterou, embora o progresso exija “vontade política séria.”
O que vem a seguir?
Se a terceira ronda decorrer como esperado no início de julho, poderá marcar uma rara abertura para uma diplomacia significativa numa guerra que deixou milhares de mortos e milhões deslocados. Para já, tanto os governos ucraniano como russo permanecem em silêncio sobre os detalhes, mas a comunidade internacional continua a pressionar por um cessar-fogo e um eventual acordo de paz.
Embora as conversas ainda não prometam uma resolução definitiva, representam um passo necessário, embora frágil, para a frente num cenário profundamente fragmentado.
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O Kremlin antecipa uma nova ronda de conversações de paz com a Ucrânia à medida que julho se aproxima
Moscovo aguarda a confirmação da Ucrânia
À medida que os esforços diplomáticos para acabar com o conflito Rússia-Ucrânia reiniciam cautelosamente, o Kremlin anunciou na segunda-feira que espera que uma nova data para as negociações de paz seja confirmada até ao final desta semana. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, falando com repórteres em Moscovo, disse que, embora o cronograma da terceira ronda de conversações continue incerto, alguma clareza deverá emergir antes do início de julho, conforme relatado pela Anadolu Agency.
“Esperamos que algumas estimativas sejam feitas esta semana para a terceira ronda,” notou Peskov, admitindo que ainda é “difícil adivinhar” a data exata. No entanto, a declaração sinaliza que o Kremlin está ativamente a preparar outra tentativa de diálogo.
Istambul Acolheu os Primeiros Passos
As duas primeiras rondas de conversações de paz revividas realizaram-se em Istambul, Turquia, nos dias 16 de maio e 2 de junho. Facilitadas por diplomatas turcos, as discussões foram vistas como tentativas, mas construtivas pelos analistas, dado o pano de fundo complexo e muitas vezes volátil da guerra em curso.
De acordo com fontes russas citadas pela Anadolu, ambas as delegações trocaram rascunhos de memorandos sobre um possível quadro para a paz. Notavelmente, as partes também chegaram a um acordo humanitário para trocar prisioneiros de guerra gravemente feridos e repatriar os restos mortais de soldados caídos. A Rússia afirmou desde então ter devolvido cerca de 6.000 corpos de militares ucranianos.
Putin Sugere um Cronograma Após 22 de Junho
O presidente russo Vladimir Putin declarou anteriormente que uma decisão sobre a terceira ronda de negociações provavelmente virá após 22 de junho, reforçando a ideia de que o meio a final do verão poderia trazer um novo impulso diplomático. Embora ainda não tenha sido anunciado um cronograma firme, seus comentários sugerem um certo grau de preparação por parte de Moscovo para continuar a explorar uma resolução política.
Apesar de manter os seus objetivos militares, a participação do Kremlin nas conversações de paz sublinha uma estratégia dupla, pressão militar no terreno acompanhada de esforços de negociação na frente diplomática.
Hostilidades em Curso Lançam Sombra sobre o Diálogo
Os combates continuam em toda a Ucrânia oriental e meridional, e nenhum dos lados parece próximo de interromper as operações militares. No entanto, o retorno à mesa de negociações, mesmo em meio ao combate, sugere um reconhecimento relutante de que os resultados no campo de batalha sozinhos podem não resolver o conflito.
Peskov enfatizou que o caminho à frente permanece incerto e depende da resposta de Kyiv. “A negociação sempre esteve em cima da mesa,” reiterou, embora o progresso exija “vontade política séria.”
O que vem a seguir?
Se a terceira ronda decorrer como esperado no início de julho, poderá marcar uma rara abertura para uma diplomacia significativa numa guerra que deixou milhares de mortos e milhões deslocados. Para já, tanto os governos ucraniano como russo permanecem em silêncio sobre os detalhes, mas a comunidade internacional continua a pressionar por um cessar-fogo e um eventual acordo de paz.
Embora as conversas ainda não prometam uma resolução definitiva, representam um passo necessário, embora frágil, para a frente num cenário profundamente fragmentado.